sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Lista de fim de ano
"Faça uma lista de grandes amigos...
Quem você mais via há dez anos atrás,
Quantos você ainda vê todo dia,
Quantos você já não encontra mais.
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar,
Quantos amores jurados pra sempre,
Quantos você conseguiu preservar.
Onde você ainda se reconhece...
Na foto passada ou no espelho de agora,
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
Quantos você conseguiu entender,
Quantos segredos que você guardava,
Hoje são bobos ninguém quer saber...
Quantas mentiras você condenava,
Quantas você teve que cometer,
Quantos defeitos sanados com o tempo,
Eram o melhor que havia em você...
Quantas canções que você não cantava,
Hoje assobia pra sobreviver...
Quantas pessoas que você amava,
Hoje acredita que amam você!!!"
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Busca... Ou seria encontro?
BUSCA*
Tenho encontrado muitas pessoas, porém não encontro gente. Há um vazio dentro de cada um, um processo de fechamento em sentimentos. Encontro sorrisos, porém daqueles que expõem apenas os dentes. Encontro verdadeiras tocaias, e não corações. Reservas insistentes da solidão. Tenho encontrado pessoas medrosas, indecisas, escondendo-se de si mesmas. Pessoas que dizem: não sei, não sei se quero, não sei se posso.
Busco por gente que tenha a experiência de sobrevivente de guerra. Busco por gente, que de tanto caminhar, não tenha receio de dizer que seus pés ainda têm muito por machucar. Quero gente de coragem para comigo conversar. Gente que saiba que máscaras não dão mais para usar e, sendo seu perfil interno branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.
Busco por gente que chore livremente, sem preconceitos pelas lágrimas derramadas. Quero gente que saiba exatamente para onde está indo e o que deseja encontrar, mesmo que esta busca jamais venha alcançar. Busco por gente, "seres humanos", que saibam se doar. Estes, eu anseio por encontrar. Gente de decisão, sem argumento para esconder escusas ações.
Quero gente que é gente, que mostra a cara, vai à luta e dorme contente. É desta gente que eu preciso! Gente liberta, que me dê um canto em seu colo e saiba me acariciar, sem tempo, sem hora e em qualquer lugar!
*Texto recebido pela Internet.
ENCONTRO
No último fim de semana, contrariando todas as expectativas de dias chuvosos, passei pelos momentos mais iluminados dos últimos tempos. Surpreendendo muitas pessoas, a convite de uma vizinha muito querida, participei de um encontro de jovens no Jardim Botânico.
O encontro foi algo inexplicável, que acho que mesmo se eu contasse detalhe por detalhe ninguém entenderia, nem sentiria o que eu senti (talvez só aqueles que já passaram por experiência parecida). Voltei renovada, uma nova pessoa. Acho que era tudo que eu estava precisando nesse momento. Pode parecer lugar comum, mas acho que foi um reencontro comigo mesma e com um sentimento maravilhoso de fé na vida que devia estar perdido por aí. E foi muito, mas muito bom mesmo!
Conheci aquela “gente” sobre a qual se fala no texto anterior, com histórias de vida interessantíssimas, troquei experiências com "desconhecidos" que com certeza se tornarão novos amigos, esgotei meu estoque de lágrimas pelo resto do ano, mas, acima de tudo, me diverti demais! E, apesar de ter começado o texto falando que ultimamente não tenho conhecido “gente” de verdade, lembrei muitas vezes dos meus pais e dos diversos amigos que já tive a sorte de encontrar, agradecendo por tê-los em minha vida e pedindo que Deus sempre proteja essas pessoas maravilhosas que, não por acaso, ganhei de presente.
Com certeza, indico pra todo mundo que tiver o coração aberto, esse encontro que, utilizando um jargão religioso, é um verdadeiro sopro de vida. Ah, mas fiquem todos tranqüilos que não virei e nem vou virar nenhuma fanática religiosa. E, falando na nossa língua, a verdade é que dei um verdadeiro upgrade no meu astral. Acho que daqui pra frente serei uma nova pessoa!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
O fim do que nem começou
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Convívios à distância
Talvez se eu tivesse seguido os conselhos do Manual de Conservar Caminhos – aquele mesmo, do texto anterior... Sim, ele diz pra você não se apegar muito às pessoas, porque elas vêm e vão, quando menos se espera. Tarde demais. Se tem uma coisa impossível de fazer é eu não me apegar àqueles de quem gosto. E quem me conhece sabe que é assim: sofro junto mesmo, tomo as dores, mas também dou risada, comemoro. Gosto de estar junto.
E, por mais que não seja meu primeiro amigo indo atrás de novos horizontes, esse “surto” de pessoas queridas indo morar longe, está me fazendo perceber que cada vez mais os convívios à distância terão que fazer parte da minha vida.
Mais uma vez sou colocada à prova. Não sei se é por já ter passado por isso, mas agora sinto uma certeza boa de que nada mudará com relação à amizade. Por que sei disso? Talvez por saber que temos afinidade e, quando esta existe, não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Qualquer reencontro possível – aqui ou mundo afora – fará retomar a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Essa foi pra todos os meus amigos que já estão longe. Mas, principalmente, pra minha querida amiga-irmã. Boa viagem. Boa Sorte. Boa vida.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Manual de Conservar Caminhos
O caminho começa em uma encruzilhada. Ali você pode parar para pensar em que direção seguir. Mas não fique muito tempo pensando, ou jamais sairá do lugar.
Faça a pergunta clássica de Castañeda: qual destes caminhos tem um coração? Reflita bastante sobre as escolhas que estão adiante, mas, uma vez dado o primeiro passo, esqueça definitivamente a encruzilhada, ou sempre ficará sendo torturado pela inútil pergunta: “Será que escolhi o caminho certo?” Se você escutou seu coração antes de fazer o primeiro movimento, você escolheu o caminho certo!
O caminho não dura pra sempre. É uma benção percorrê-lo durante algum tempo, mas um dia ele irá terminar. Portanto, esteja sempre pronto para se despedir, a qualquer momento. Por mais que você fique deslumbrado por certas paisagens, ou assustado com algumas partes, onde é necessário muito esforço para seguir adiante, não se apegue à nada. Nem às horas de euforia, nem aos intermináveis dias onde tudo parece difícil e o progresso é lento.
Esteja bem equipado. Leve um ancinho, uma pá, um canivete. Entenda que, para as folhas secas, os canivetes são inúteis, e, para as ervas muito enraizadas, os ancinhos são inúteis. Saiba sempre que ferramenta utilizar a cada momento. E cuide delas, porque são suas melhores aliadas.
O caminho vai para frente e para trás. Às vezes é preciso voltar, por que algo foi perdido. Ou uma mensagem, que devia ser entregue, foi esquecida no seu bolso. Um caminho bem cuidado permite que você volte atrás sem grandes problemas.
Tenha paciência. Às vezes, é preciso repetir as mesmas tarefas como arrancar ervas daninhas ou fechar buracos que surgiram depois de uma chuva inesperada. Não se aborreça com isso, faz parte da viagem. Mesmo cansado, mesmo com certas tarefas repetitivas, tenha paciência.
Faça do seu caminho um espelho de si mesmo: não se deixe, de maneira nenhuma, influenciar pela maneira como os outros cuidam de seus caminhos. Você tem sua alma para escutar, e os pássaros para contar o que a alma está dizendo.
Que suas histórias sejam belas, e agradem tudo que está à sua volta. Sobretudo, que as histórias que a sua alma conta durante a jornada sejam refletidas em cada segundo de percurso.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Reflexões de uma mente – ainda não tão - perigosa.
Já falaram da minha capacidade de escrever detalhadamente. Dizem que parece que quem lê está vivendo a situação. Sei que não é o caso de um blog – até porque, se eu fizer isso aqui, terei no máximo dois leitores (meus pais, claro) e talvez – com boa vontade - mais uns dois ou três companheiros/críticos de blog. Então decidi que me apresentar será o único detalhamento necessário aqui.
E é assim que lembro uma primeira característica minha: uma mania boba de me preocupar com o que os outros estão pensando. É incrível como, mesmo não querendo confetes, estou o tempo inteiro questionando “o que meus amigos redatores (e escritores!) vão pensar?”. Vou tratar de ignorar esses pensamentos e me dar um desconto. Já vivo numa eterna briga - camuflada - entre razão e emoção, que se for começar a pensar demais não começo nunca isso aqui.
O que me leva a falar de disfarces. No trabalho disseram que tenho um copo especial para, nos momentos de stress, correr pro banheiro, gritar e “jogar fora o berro” – e junto com ele toda a irritação – e voltar como se nada tivesse acontecido. O fato é que não aconselho ninguém a despertar a fera adormecida – na maior parte do tempo - em mim. Não tenho TPM, mas tenho limites e quando saio do sério tenho até medo do que falo. Aliás, tenho achado que não ter TPM não é bom sinal. Se estou de mau humor logo me perguntam o que houve. Seria tão mais simples ter uma desculpa pronta na ponta da língua... Ok, o jeito é assumir: sim, também tenho meus maus dias.
O quê mais me descreve... Curiosa? Demais! Adoro que as pessoas me contem suas histórias de vida – quanto mais detalhada melhor. Observadora? Mais ainda! Difícil algum acontecimento me passar desapercebido. Adoro me envolver com tudo e com todos. Talvez por isso me identifiquei tanto com o texto “manual de conservar caminhos”. Mas isso já é outro assunto. Por hora só quis colocar a cara no mundo. Vamos ver no que vai dar.